O Evangelho deste Domingo coloca-nos diante de um dos temas de conflito entre Jesus e os chefes da religião judaica. O Sábado. Dia do Senhor, dia para louvar o Senhor da Aliança, Dia para fazer memória da Liberdade, da Criação. Mas, não é isto que esta em causa. O que é questionado, é o verdadeiro sentido da Lei,
quando esta se sobrepõe aos interesses de um bem superior, como neste caso, uma necessidade ou, o de fazer o bem. O sábado é uma lei que, como todas as leis, tem por objetivo o bem superior do homem, por isso, não deveria haver contradição entre a lei do sábado e uma necessidade primordial.
Jesus apresenta-se assim, como um novo legislador. Jesus estabelece o princípio geral de algo que é central em todo o Evangelho, o da libertação da alienação da lei, que muitas vezes mais escraviza do que liberta, cega e, torna-se obstáculo a uma relação de comunhão e amizade com Deus.
A Lei do sábado não pode por isso sobrepor-se á Lei que é central em todo o Evangelho a Lei do amor. Por isso, com maior razão devem ser permitidas todas as atividades nas quais o homem não trabalha para si mesmo, mas que cumpre o mandamento divino do amor. E, como Jesus veio proclamar que este mandamento é o maior de todos, Ele é também Senhor do sábado.
Toda a Lei é necessária para uma sã, justa e reta convivência entre todos. Jesus não a despreza, mas toda a Lei deve estar ao serviço da pessoa, do bem, da vida.
Não se pode fazer passar a Lei por cima das pessoas. Se esta não está ao serviço do bem, e de modo especial dos mais frágeis, débeis e necessitados e, de estes se sentirem protegidos então a Lei não tem sentido de ser.
Esta é uma interpelação que não podemos deixar de fazer a nós mesmos como discípulos de Cristo
Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, animo e coragem.
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