09 de junho de 2024
«Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe»
(Mc 3, 20-35)
Uma palavra fraterna e amiga...
Realizou-se, recentemente, em Braga, o 5.° Congresso Eucarístico Nacional (CEN). Com o tema "Partilhar o Pão, alimentar a Esperança: «Reconheceram-n'O ao partir o Pão»
Em ano de oração convocado pelo Papa e em pleno processo sinodal, depois da JMJ Lisboa 2023 e antes do Jubileu de 2025 - "Peregrinos da Esperança" - saem deste congresso algumas linhas orientadoras para a Igreja em Portugal:
1. Redescobrir que a centralidade eucarística vai para além do Domingo. A Eucaristia deve ser preparada e celebrada como verdadeiro encontro com Cristo Ressuscitado, evitando que seja apenas o cumprimento de um preceito. Para uma presença alegre, consciente, ativa e frutuosa da celebração urge uma mais cuidada formação litúrgica.
2. Manter as igrejas abertas e revalorizar a adoração eucarística. Os horários de abertura das igrejas devem ser adequados ao ritmo do mundo de hoje, procurando estimular os momentos de oração pessoal e envolver os leigos, confrarias do Santíssimo Sacramento, catequistas e demais agentes pastorais na dinamização dos momentos de adoração eucarística comunitária.
3. Procurar o equilíbrio entre a Tradição e a necessidade de introduzir novas linguagens na liturgia, integrando os jovens nesse processo de renovação e adequando a espiritualidade cristã aos ambientes digitais e ao mundo secularizado.
4. Reforçar a Eucaristia como escola de fraternidade e sacramento de unidade. O encontro comunitário na celebração do Domingo ultrapassa todas as fronteiras. Ao partilhar o pão, na mesa do altar, tornamo-nos companheiros de caminho e somos chamados a criar comunhão. A Eucaristia convoca todos, está aberta a todos e não afasta ninguém.
5. Garantir a autenticidade e coerência entre o que se vive e anuncia. Quem participa, celebra e comunga tem de se sentir comprometido e impelido à missão. A Eucaristia celebrada na igreja tem de ser expressa para além das suas portas, através das respostas reais às necessidades concretas das pessoas, estendendo o seu abraço a todos, especialmente aos mais pobres, indefesos e os que estão afastados.
6. Assumir a sinodalidade a partir da Eucaristia como lugar onde a Igreja se renova na comunhão, na participação e na missão.
7. Ser sinal de Esperança. O amor dos crentes à Eucaristia acreditada, celebrada, adorada e vivida consolida a fraternidade, promove o perdão e a paz, tornando-se fonte inesgotável de esperança para o mundo.
Confiamos a Maria, Mãe da Esperança, os bons frutos deste
Congresso para que a Igreja em Portugal seja cada vez mais eucarística, samaritana e mariana.
Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, animo e coragem.
Fraternalmente, Pe. João Valente.
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