1 de dezembro de 2024
«A vossa libertação está próxima»
(Lc 21, 25-28.34-36)
Uma palavra fraterna...
Damos início a um novo ano litúrgico, no qual toda a Igreja celebra o mistério do amor salvador de Deus, em Jesus Cristo. O centro do ano litúrgico é a Páscoa, a maravilha da obra salvadora de Deus, na morte e ressurreição de Seu Filho. O ciclo do Natal, que hoje damos início, celebra o nascimento do Seu Filho e anuncia já a obra salvadora da Páscoa.
O tempo de Advento coloca-nos uma vez mais, diante do núcleo central da nossa fé e de toda a vivência cristã: Deus vem ao nosso encontro para nos salvar, para nos libertar...
A vinda de Deus não é uma intervenção espetacular, nem uma acção soberana que resolve com mão poderosa os sofrimentos e os conflitos humanos, algo que, ainda hoje a humanidade pede a Deus. Deus vem em Jesus de Nazaré. Sua obra é enviar o Seu Filho Jesus, pelo Espírito, revelação de um amor simples, generoso, pobre, perdedor, entregando-se a todos até à morte e ressurreição.
Assim, Deus acolhe e realiza as esperanças e desejos da humanidade: "Dias virão, em que cumprirei a promessa que fiz à casa de Israel e à casa de Judá: Naqueles dias, naquele tempo, farei germinar para David um rebento de justiça que exercerá o direito e a justiça na terra.”
A vinda do Senhor é um dom que nos interpela. É um convite à alegria de uma nova vida de pobreza, de amor e de paz. Mas, também, o chamamento a vigiar e a alimentar o dom da esperança: "Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida”…
A esperança cristã não consiste na convicção de que tudo irá melhorar, mas sim, que Deus tudo faz para que seja possível uma vida de amor, de serviço e de paz.
Problemas graves não terão uma resolução miraculosa: a fome, o terrorismo, as guerras, as injustiças...
Mas, nós acreditamos que Deus é fiel e tudo fará para que não desistamos do amor, do diálogo e da paz...
Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, animo e coragem.
Fraternalmente, Pe. João Valente.
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