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II Domingo da Quaresma



Uma palavra fraterna.

Se no primeiro Domingo da Quaresma somos convidados a essa vivência de deserto, onde na escuta do silêncio, acolhemos a Palavra de Deus, para superarmos as tentações, no segundo Domingo, somos convidados a subir ao monte e contemplar o mistério da transfiguração do Senhor.

Uma vez mais é a Sua Palavra que ilumina os nossos corações, a nossa vida, para que, também em nós se dê a transfiguração. Para que a nossa vida possa ela também irradiar essa luz da esperança, do perdão, do amor.

Diz-nos o Papa Francisco na sua mensagem para a Quaresma: "É tempo de agir e, na Quaresma, agir é também parar: parar em oração, para acolher a Palavra de Deus, e parar como o Samaritano em presença do irmão ferido. O amor de Deus e o do próximo formam um único amor. Não ter outros deuses é parar na presença de Deus, junto da carne do próximo.

Por isso, oração, esmola e jejum não são três exercícios independentes, mas um único movimento de abertura, de esvaziamento: lancemos fora os ídolos que nos tornam pesados, fora os apegos que nos aprisionam. Então o coração atrofiado e isolado despertará. Para isso há que diminuir a velocidade e parar. Assim a dimensão contemplativa da vida, que a Quaresma nos fará reencontrar, mobilizará novas energias. Na presença de Deus, tornamo-nos irmãs e irmãos, sentimos os outros com nova intensidade: em vez de ameaças e de inimigos encontramos companheiras e companheiros de viagem. Tal é o sonho de Deus, a terra prometida para a qual tendemos, quando saímos da escravidão. Quaresma: mortificação e glorificação, tentação e glória, morte e ressurreição; são elas, de facto, a síntese do Mistério Pascal que vamos celebrar na Páscoa. Jesus vive em Si o mistério que a sua Igreja agora celebra, e que ela viverá até à sua própria Transfiguração.

Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto e de esperança, fraterna e amiga, nesta celebração, peregrinos da esperança.

Pe. João Valente.



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