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III Domingo da Quaresma

23 de março de 2025

«Se não vos arrependerdes, ..."

(Lc 13, 1-9)

Uma palavra fraterna...


Na nossa caminhada rumo à Páscoa, somos hoje confrontados pelo Evangelho, com duas situações, que levavam muitos a interrogar-se, se tais acontecimentos não seriam consequência de um juízo de Deus, de um castigo. O assassínio daqueles que apesar de prestarem culto a Deus estariam assim a ser castigados ou, o desabar ocasional de uma torre, causando a morte dos que se encontravam na proximidade dessa mesma torre.

Na parábola que Jesus nos conta, leva-nos a tomar consciência de que, apesar de vivermos inseridos num contexto favorável, uma figueira plantada no meio da vinha, se não produzirmos os frutos necessários e que, de cada um de nós se espera, não alcançamos o objetivo a que nos propossemos.


O dono do terreno é Deus. O vinhateiro é Jesus. A figueira é imagem de cada um de nós. Os frutos: a justiça, o amor, ... E Jesus que intercede por nós junto do Pai.


Não desiste de nós... "A figueira que o dono da parábola quer extirpar representa uma existência estéril, incapaz de doar, incapaz de praticar o bem. É símbolo de quem vive para si mesmo, satisfeito e tranquilo, instalado na próprias comodidades, incapaz de dirigir o olhar e o coração para quantos estão ao seu lado em condições de sofrimento, pobreza e dificuldade. A esta atitude de egoísmo e de esterilidade espiritual contrapõe-se o grande amor do vinhateiro em relação à figueira: pede ao dono que espere, ele tem paciência, sabe esperar, dedica-lhe o seu tempo e o seu trabalho. Promete ao dono que terá um cuidado especial para com a árvore infeliz." [Papa Francisco].


Nesta Quaresma, somos uma vez mais convidados a essa conversão, que nos leve a sair da nossa zona de conforto e, através de gestos pequenos, humildes, singelos, espelhem este desejo, de não só fortalecer a nossa relação de comunhão com Deus, mas, principalmente, de uns para com os outros, como irmãos que somos chamados a ser de verdade.


Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, animo e coragem.


Fraternalmente,

Pe. João Valente.

 
 
 

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