XXIII Domingo do Tempo Comum

7 de setembro de 2025

"... quem não renunciar a todos os seus bens, ..."

(Lc 13, 22-30)

Uma palavra fraterna...

A Palavra fala-nos hoje das condições de exigência que se impõe para o seguimento de Jesus:

"Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo" (...) quem "não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo." (...) "quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo."

A Cruz, como sinal de amor maior, entrega, serviço, dádiva...

Não é a negação ou o abandono da família de sangue, mas sim, reconhecer a pertença a uma família maior, onde todos somos irmãos, filhos de Deus, ...

A nossa felicidade não está dependente dos bens materiais que possamos adquirir, mas sim, desta alegria maior, de por tudo em comum, para bem de todos, principalmente dos que nada têm, um amor sem limites, um despojamento, uma liberdade, uma gratuidade maior, ...

Esta é a torre que cada um de nós não pode deixar de construir; esta é a batalha que não podemos deixar de ganhar individual e coletivamente, ...

Neste mês em que somos convidados a ter presente na nossa oração, a oração pelo cuidado pela Criação, até ao dia 4 de outubro, dia de São Francisco de Assis, o Papa Leão oferece-nos esta oração, para fazermos nossa:

"Senhor, Tu amas tudo o que criaste, e nada existe fora do mistério da tua ternura.

Cada criatura, por mais pequena que seja, é fruto do teu amor e tem um lugar neste mundo.

Mesmo a vida mais simples ou mais breve é envolvida pelo teu cuidado.

Como São Francisco de Assis, hoje também queremos dizer:

"Louvado sejas, meu Senhor!".

Através da beleza da criação,

Tu revelas-te como fonte de bondade. Nós te pedimos: abre os nossos olhos para te reconhecer, aprendendo com o mistério da tua proximidade a toda a criação que o mundo é infinitamente mais do que um problema a resolver.

É um mistério a ser contemplado com gratidão e esperança.

Ajuda-nos a descobrir a tua presença em toda a criação, para que, reconhecendo-a plenamente, nos sintamos e saibamos responsáveis por esta casa comum na qual nos convidas a cuidar, respeitar e proteger a vida em todas as suas formas e possibilidades.

Louvado sejas, Senhor!

Amem."

Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, ânimo e coragem.

Peregrinos de Esperança.

Fraternalmente,

Pe. João Valente.