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XXVI Domingo do Tempo Comum




«Quem não é contra nós é por nós»
(Mc 9, 38-43.45.47-48)
Uma palavra fraterna.

A passagem do Evangelho de Marcos que hoje escutamos parece deixar transparecer alguns conflitos já presentes na Comunidade Cristã.

Em primeiro lugar, escutamos a questão colocada por João a Jesus sobre um exorcista desconhecido do restante grupo de discípulos. Logo de seguida, fala-se da recompensa que obterá todo aquele que acolhe os discípulos de Cristo. Seguido da advertência sobre:
"se alguém escandalizar algum destes pequeninos que crêem em Mim", seguida de advertências sobre partes do corpo de cada pessoa que nos podem fazer cair em pecado.

Todo o texto é bastante desconcertante.

Verificamos que há uma certa ironia no facto de os discípulos quererem proibir a ação de um exorcista desconhecido, tendo em conta o que acabam de viver (Mc 9,14-29) o fracasso dos mesmos discípulos em libertar um espírito mau do corpo de um jovem. O discípulos manifestam assim um certo exclusivismo: parece que são os outros que lhes fazem sombra.

Jesus convida-nos a reconhecer que devemos cuidar do dom da amabilidade e da generosidade. Todo aquele que manifeste pelos caminhos da vida a amabilidade e a generosidade para com os discípulos não deixará de receber recompensa. Os discípulos deverão saber agir do mesmo modo.

A segunda parte do Evangelho, apresenta-nos um conjunto de máximas, sempre numa perspetiva de autocritica. Em vez de se preocuparem com o ministério dos forasteiros, os discípulos deverão refletir sobre o seu próprio estilo de vida e do seu ministério. Será que alguma coisa que façamos ou digamos ou, deixemos de dizer e fazer, tornam-se obstáculo para uma adesão a Cristo e à Igreja?
Adolescentes, jovens, novos crentes? Depois, com metáforas muito expressivas, todos os discípulos são impelidos a examinar-se a si mesmos para determinar se há características nas suas vidas que impeçam um serviço sincero a Deus. Imagens de automutilação, como o inferno e o fogo que nunca se apaga, são símbolos poderosos que pedem que paremos para pensar. Não podemos deixar de recordar, de que nos encontramos num mundo de metáforas, que têm como fim obrigar-nos a pensar; há que não perder de vista que o objetivo último é o Reino, que é um dom de
Deus.

Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, animo e coragem.

Fraternalmente, Pe. João Valente.
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