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XXVII Domingo do Tempo Comum


06 de outubro de 2024

«Quem não acolher o reino de Deus como uma criança, não entrará nele...»
(Mc 10. 2-16)

Uma palavra fraterna.

A palavra "Aliança" é a que melhor expressa a totalidade da mensagem bíblica. "Aliança",

"Testamento", expressam esse desejo de encontro entre Deus e a humanidade.
Na sua origem, a experiência de libertação da escravidão do Egipto e essa longa peregrinação até à Terra prometida... Do Deus que nos conduz à liberdade ao Deus da Criação, origem e fundamento de tudo quanto existe é uma conclusão óbvia... Deus libertador, Deus Criador, ao Deus Redentor...

Mas, a verdadeira marca desta presença e manifestação de Deus projeta-se na comunhão de vida conjugal: «Foi por causa da dureza do vosso coração que ele vos deixou essa lei. Mas, no princípio da criação, Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir a sua esposa, e os dois serão uma só carne'. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu».

União, fruto desse amor recíproco, dessa cumplicidade, dessa complementaridade. Espelho, mistério de Deus, sacramento do amor, comunidade de vida e amor.

Mas, até mesmo esta realidade muitas vezes conforta-se com o fracasso. Não mais é possível manter essa união quando se quebra o laço da amizade, da comunhão, do amor.

Permanece, no coração e no desejo de muitos, a vontade firme de perdurar no tempo nessa relação de fidelidade, entrega incondicional, de indissolubilidade. É a maioria. E, mesmo os que pedem o sacramento matrimónio têm consciência desse profundo desejo.

Pode quebrar-se a aliança entre homem e mulher, nunca se quebrará a aliança entre Deus e a humanidade. Por isso, no Evangelho de hoje, se fala uma vez mais do ser como "criança". Não no sentido de infantilidade, mas sim, de ser frágil e débil.

Aquele que aprende a colocar a sua confiança, no amor incondicional de Deus para connosco. Na Humildade em reconhecer as próprias limitações e incapacidades; no Abandono: ação voluntária de aceitar-se dependente de algo que nos transcende; na Confiança, escolha firme, como uma âncora que não prende, mas firma.

Celebramos a beleza de um amor que não acaba nunca...
Todo o coração humano anseia por um amor duradouro.

Que respeite o outro como a sua própria carne. Que veja no outro um tesouro inestimável em todas as fases da vida.

Enfim, um amor como aquele que só Deus tem por nós...

Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, ânimo e coragem.



Fraternalmente, Pe. João Valente.
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