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XXXI Domingo do Tempo Comum

3 de novembro. de 2024

«Amarás o Senhor teu Deus. Amarás o teu próximo»
(Mc 12, 28b-34)

Uma palavra fraterna...

A novidade da mensagem de Jesus não está na enunciação dos mandamentos, sobejamente conhecidos por todos, mas, sim, na sua junção: amor a Deus e o amor ao próximo, estão intrinsecamente unidos entre si.

Aparentemente amar parece-nos tarefa fácil mas, na prática, no quotidiano, as coisas complicam-se.

Diz-nos o Papa Francisco na sua Enciclica sobre a Fraternidade e Amizade social:

"Procurando especificar em que consiste a experiência de amar, que Deus torna possível com a sua graça, são Tomás de Aquino explicava-a como um movimento que centra a atenção no outro «considerando-o como um só comigo mesmo». A atenção afetiva prestada ao outro provoca uma orientação que leva a procurar o seu bem gratuitamente. Tudo isto parte duma estima, duma apreciação que, em última análise, é o que está por detrás da palavra «caridade»: o ser amado é «caro» para mim, ou seja, é estimado como de grande valor. E «do amor, pelo qual uma pessoa me agrada, depende que lhe dê algo grátis». [n°93]

Sendo assim o amor implica algo mais do que uma série de ações benéficas. As ações derivam duma união que propende cada vez mais para o outro, considerando-o precioso, digno, aprazível e
bom, independentemente das aparências físicas ou morais. O amor ao outro por ser quem é, impele-nos a procurar o melhor para a sua vida. Só cultivando esta forma de nos relacionarmos é que tornaremos possível aquela amizade social que não exclui ninguém e a fraternidade aberta a todos. [n° 94].

Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, animo e coragem.

Fraternalmente, Pe. João Valente.
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